Temos repetido inúmeras vezes nosso hino nacional, na certeza de que é algo que vem lá de dentro do peito. E para algumas pessoas, de fato é isso mesmo. Uma paixão desenfreada que domina a maneira com que eu vivo e me relaciono com as pessoas. Apesar da música também ressaltar nossas qualidades, nossas belezas, nossa terra e nosso povo, gostaria de pensarmos juntas sobre essa tal pátria idolatrada.
Como cristãs, devemos agir dessa maneira?
Sempre que falamos sobre idolatria, já respondemos. Claro que não, Deus sempre em primeiro lugar! Entretanto, não é o que temos presenciado nos nossos grupos, nos perfis e em tantas falas por aí. Acredite se quiser, semana passada em Goiás teve até um irmão da igreja que levou um tiro de outro por causa de discussão política na igreja! Veja só aonde chegamos. E, possivelmente, não pare por aí.
Pausa dramática e bem importante: Respira fundo. Não queremos falar sobre lado nenhum por aqui. Acreditamos que o voto é essencial para exercermos a cidadania, e que, como cristãs, devemos votar e fazê-lo com muita sabedoria, afinal, precisamos ser boas “mordomas”. Sendo assim, continue essa leitura em amor, porque, afinal, o que nos une, é muito maior do que aquilo que nos separa!
Assim, continuamos..
Tudo aquilo que tira Deus do seu devido lugar é idolatria.
E, segundo Timothy Keller, “nosso coração é uma fábrica de ídolos”.
Temos depositado nossa esperança no governo humano. Colocamos nossas expectativas no desejo de uma “nação santa” que virá através do seu legislador. Deixa eu te contar: isso jamais vai acontecer. Somente Jesus pode trazer salvação e a redenção que tanto precisamos. Somente o Espírito Santo é capaz de transformar o coração. Somente Deus pode nos libertar da idolatria e nos garantir a vida que fomos criados para viver.
No antigo testamento, Deus havia escolhido uma nação. Ele separou e abençoou Israel. Quando Jesus derrama seu sangue na cruz, não existe mais um povo escolhido. Ele salva povos, línguas e nações. Através de Jesus, não existe mais um único povo que recebe a benção de Deus, mas todo aquele que o reconhece como Cristo se torna embaixador do Reino. O Reino não será manifesto através de governantes ou leis, mas sim através de um coração novo que proclama o Rei dos Reis!
Se o evangelho não transformar o coração, todas as boas obras estão mortas. Isso é Lei, e a Lei não salva.
Respira fundo de novo, se precisar, releia esse último parágrafo. A centralidade do evangelho deve estar em todas as coisas que fazemos, inclusive ao conversarmos sobre esse assunto.
É claro que desejamos que nosso povo conheça verdadeiramente a Cristo e se renda diante da cruz; é claro que desejamos que todos possam ter acesso ao conhecimento da Palavra de Deus. Mas precisamos estar atentos: isso não acontecerá por determinação do Estado. Também não precisamos dele para cumprir a nossa missão.
Outro aspecto muito importante que não podemos deixar de lado é sobre o caráter de Deus. Ele está no controle e continua sendo soberano, mesmo que o meu (e o seu) candidato não seja eleito. Obviamente, desejamos um país estável, seguro e somos responsáveis pelo resultado das urnas, por isso precisamos de um coração sensível à vontade de Deus. Entretanto, devemos estar com nossos corações prontos para receber um “não” de Deus. Ele é, em todo o tempo, Deus.
“Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens.” Tito 3:1,2
Como temos trabalhado nessas semanas, somos chamados a honrar, sejam nossos governantes, pais ou professores, e a nos sujeitarmos, reconhecendo que são líderes escolhidos por Deus.
Sendo assim, trago algumas dicas práticas para os próximos dias:
- Aprenda a ouvir;
- Persevere na oração;
- Leia (ainda mais) a bíblia;
- No fim, busque sempre a unidade do corpo;
- Sujeite-se às autoridades.
Vivemos em um mundo caído e temos depositado nossa esperança nas pessoas erradas. Nossa esperança deve estar em Jesus, que é perfeitamente justo e fiel. Somente Ele pode trazer a redenção que toda a Criação aguarda (Rm 8. 19–23).
Assim, enquanto aguardamos sua volta, somos chamados a proclamar a sua glória, sendo sal e luz nessa terra (Mt 5.13–14). Recebemos dons e talentos para resplandecer a glória daquele que nos salvou. Não somente com palavras, mas com ações (Tiago 2.26). Lembre-se: as ações que glorificam a Deus vem de um coração transformado e regenerado (1 Cor 10.31).
E, finalmente, busque sempre a unidade do corpo (Efésios 4:1–4). Somos um através do sangue do Cordeiro. Muitas coisas pequenas podem ser diferentes entre aqueles que são chamados por Cristo, mas Ele nos une com o principal: a cruz.
Que Deus nos dê sabedoria!
Com carinho, Geiza❤️