Tudo começou em janeiro de 2013 no ACAMZECA (acampamento para adolescentes). O Alan me viu em um lugar do acampamento e segundo ele, eu chamei a sua atenção. Um dia depois que acabou, ele me adicionou no Facebook e chamou para conversar. Ele logo se mudaria para Ijuí, para participar de um projeto Intensivo no Seminário, o Wake Up que seria por um semestre e com isso ficaria difícil para mantermos contato.
Passaram-se os seis meses e conversávamos bem pouco, até que no fim de julho a nossa amizade cresceu muito, e eu me vi gostando dele. Diante disso o medo tomou conta de mim devido a diversos fatores como: distância, o fato de pensar que ele nunca gostaria de mim, o medo de perder sua amizade, o meu desejo de ir para o Wake Up e isso atrapalhar, entre outros fatores.
A cada dia que passava eu me apaixonava mais, e precisava contar para ele, porém tinha medo de não ser correspondida. E no dia 24/09, as 23:04 min (sim, sou detalhista haha), ele me disse que estava gostando de mim. Não sei descrever o que senti naquele momento, chorei por medo e me senti com uma alegria que transbordava.
A partir desse dia começamos a orar juntos, para saber se era a vontade de Deus que iniciássemos um relacionamento.
Naquele ano, uma pessoa muito querida da minha igreja iria se formar no seminário em dezembro, e eu já havia planejado essa viagem para Ijuí – RS. Então comecei a orar para que se fosse da vontade de Deus que tudo ocorresse bem, que eu conhecesse o Alan e tudo desse certo.
E finalmente chegou dezembro e o dia tão esperado de ir para o Rio Grande do Sul. No caminho ao aeroporto ficamos presos no transito, e estávamos em Vitória na capital do Espirito Santo, faltava uns 3 km para o aeroporto e quase uma hora para o voo decolar. Não podia esperar sem tentar, então eu e um colega que iria comigo, saímos correndo em meio a rua em busca de encontrar o aeroporto. Tentamos pegar ônibus, mas nenhum parava. Até que encontramos um táxi, porém ele não estava trabalhando e como Deus é muito bom, nunca me esqueço que aquela pessoa fez esse sacrifício e nos levou até o aeroporto.
No caminho eu lembrei de um amigo que tinha, e que trabalhava para a companhia Azul, e eu iria com a companhia da Gol. Mas como não conversávamos há muito tempo, quando mandei mensagem para ele, descobri que ele estava trabalhando para a Gol e que já havia feito o meu check-in, eu tinha que despachar minha mala imediatamente. Quando cheguei no aeroporto, estava fechado. Esse meu amigo, despachou as malas para mim sem que eu precisasse pagar uma taxa e por poucos minutos consegui embarcar.
É incrível ver como Deus cuidou de cada detalhe. Era 09 de dezembro, e dia 10 chegamos em Ijuí pela manhã cedinho. E adivinha quem iria me buscar na rodoviária? Sim, ele mesmo. Eu estava muito ansiosa por aquele momento. Nunca tinha visto ele pessoalmente (que eu me lembre haha). E não há como descrever exatamente o que pensei ao vê-lo. Eu simplesmente achei ele o homem mais lindo. Passamos juntos quase uma semana, e esse tempo foi muito especial e importante. Logo tive que voltar para o Espirito Santo, foi difícil.
Passou um mês, e em janeiro nos vimos em um acampamento. O mais difícil era saber que só o veria novamente em julho. A saudade e a distância me abatiam às vezes. Não gosto de despedidas, e ainda me despedir dele, só de lembrar dói.
Enfim, o tempo passou rápido e em julho ele foi para o ES conhecer minha família e dia 18 ele me pediu em namoro, foi muito especial. Passaram se dois dias e ele tinha que voltar para a sua rotina, e dessa vez foi mais difícil ainda por ter que voltar para casa e ele não estar mais lá.
O que me consolava era saber que tudo isso era para o nosso crescimento e que juntos construiríamos um futuro. Depois que ele me pediu em namoro, começamos a pensar um pouco em como seriam as coisas no futuro e a sonhar juntos com o casamento (já tínhamos o propósito antes de que se começássemos a namorar seria com o objetivo de casar e construir uma família para juntos servirmos a Deus).
Não deu nem um mês direito e o Alan me pediu se podia reservar um apartamento no seminário, porque só tinha mais um e como o nosso desejo era casar em 2016, porque não dar esse passo de fé? Confesso que no momento me senti pressionada a ter que casar nesse ano, mas Deus mais uma vez encaminhou tudo de uma forma tão perfeita…
Em 2015 eu fui morar no Rio Grande do Sul, especificamente no seminário, mesmo local que ele estudava. Para a dúvida de muitos, eu realmente fui pro Wake Up porque era meu sonho e em nenhum momento foi por causa dele. Eu tinha esse desejo antes de gostar dele e isso não mudou com os anos.
Esse ano que passei morando perto dele, posso dizer com toda certeza que conheci outra pessoa. Antes nunca tínhamos brigado e nossas conversas eram bem superficiais. Estar perto nos proporcionou uma amizade profunda onde não era mais somente a emoção que falava, mas a razão também. A escolha de estar ao lado de alguém também é para os momentos em que nem tudo é mil amores.
Em julho na viagem missionária do fim do Wake Up, no Peru, ele me pediu em casamento em um lugar incrível, há mais de 2000 metros de altura. E eu claro, aceitei.
Foi um ano para mim de muitas mudanças e incrível, um ano que Deus usou para nos preparar para o casamento. O tempo passou muito rápido e quando vi já era o grande dia, só de lembrar me vem as emoções… aquele frio na barriga e aquelas sensações únicas e inexplicáveis. Dá uma saudade de tudo…
E agora estamos vivendo a vida de “recém-casados”, e posso dizer que tudo é novo para mim e aos poucos estou me adaptando as mudanças que estão ocorrendo. Não diria que somos um casal perfeito, nem que tudo entre nós é um mar de rosas. Temos altos e baixos, dias bons e ruins, como todo relacionamento. Mas diria que a coisa mais linda do mundo é a construção de um casamento com uma pessoa que você ama apesar de todos os defeitos e quer cuidar todos os dias de sua vida.
História indicada por Delize Grando
*Queridas FéMeninas, o testemunho acima é para edificar a sua vida mostrando a fidelidade de Deus, no entanto baseie sua fé na Palavra de Deus. Testemunhos são experiências particulares que não podem ser usados como padrão para ação de Deus na sua vida. Deus tem uma forma particular para agir na vida de cada pessoa do corpo de Cristo.”