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LUTO

Todos sabe­mos que vamos nascer, crescer, plan­tar, col­her o que plan­tar­mos e por fim, mor­rermos (ou, que Jesus ven­ha antes dis­so #marana­ta). Mas, inde­pen­den­te­mente do tem­po que somos cristãos, do quan­to somos maduros emo­cional­mente ou espir­i­tual­mente, quan­do a morte chega ela abala até as mais duras estru­turas. E, nesse momen­to, nos con­fronta­mos com ques­tion­a­men­tos, dúvi­das e deses­per­anças. Falar sobre a morte é sem­pre algo que evi­ta­mos, mes­mo no meio cristão.

A lit­er­atu­ra (KÜBLER-ROOS, 1998)¹, tra­bal­ha com a ideia de cin­co fas­es que ante­ce­dem a morte ou luto, são elas: negação, rai­va, bar­gan­ha, depressão, aceitação. A primeira é quan­do prefe­r­i­mos fin­gir que não acon­te­ceu do que encar­ar de ver­dade os fatos; na rai­va, ficamos con­ven­ci­dos de que real­mente isso acon­te­ceu e nos irri­ta­mos por causa dis­so; na bar­gan­ha, é a fase que ten­ta­mos nego­ciar com Deus, “se eu fos­se uma pes­soa mel­hor, Deus não teria per­mi­ti­do isso”; a depressão é quan­do a pes­soa começa a fechar-se den­tro de si, perceben­do que é impo­tente frente a essa situ­ação; e a últi­ma, na aceitação, a pes­soa con­vence-se de que isso acon­te­ceu e acei­ta de for­ma mais tranquila.

Sabe­mos que as pes­soas não são iguais, que cada um lida com uma situ­ação de for­ma pecu­liar, e quan­to ao luto, não é difer­ente. Nem todos pas­saram ou vão pas­sar pelas cin­co fas­es e nem nes­sa ordem, mas ela nos aju­da, e aos espe­cial­is­tas a recon­hecer e aju­dar quem está pas­san­do por essa situação.

Como cristãos, podemos encar­ar a morte de out­ra for­ma, cren­do na vida eter­na e nos propósi­tos sober­a­nos que Deus prom­ete para nós. Uso como exem­p­lo, um anti­go e incrív­el livro chama­do O Pere­gri­no, que con­ta a história de Cristão e toda sua jor­na­da à cam­in­ho da man­são celes­tial, onde se depara, inclu­sive com a morte (um rio pro­fun­do e que todos pre­cisam pas­sar por ele). Ele a descreve dessa for­ma: “Estas aflições e tra­bal­hos, por que estás pas­san­do neste rio, não são sinal de que Deus te haja aban­don­a­do; e ape­nas servem para te exper­i­men­tar, e para ver se te lem­bras do que tens rece­bido da sua bon­dade, e se vives dEle nas tuas aflições”.

Deus se faz pre­sente em todas as situ­ações de nos­sa vida, está em todas as fas­es, todas as angús­tias e tens nos cuida­do com sua poderosa mão, como a Bíblia afir­ma: “Quem nos sep­a­rará do amor de Cristo?” (Rm 8.35). Que pos­samos ser meni­nas de fé, que pos­suem olhos fitos em Jesus, procu­ran­do em todas adver­si­dades bus­car a esper­ança em Deus e ser­mos sábias a acon­sel­har e enco­ra­jar as pes­soas a nos­sa volta.

 

¹KÜBLER-ROSS, Elis­a­beth. Sobre a morte e o mor­rer. São Paulo: Mar­tins Fontes, 8ª ed, 1998.

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