Eu e o Augusto nos conhecemos quando ainda éramos juniores. Na época eu morava em Panambi e ele também. Algum tempo depois ele foi, juntamente com sua família, morar em Toledo-PR, e ficou lá até 2008. Quando chegou em Panambi de volta, eu estava naquela fase de adolescente… E me “apaixonei” pelo Augusto. Achava ele o máximo, porque ele tocava piano, porque era querido com as pessoas, educado e porque eu gostava da voz dele. Essa paixãozinha (que eu achava que era amor) durou cerca de três anos: ele sabia que eu gostava dele. Mas… ele não gostava de mim. Confesso que, apesar de hoje olhar para trás e admitir a imaturidade que eu tinha, ainda lembro de como era difícil e doloroso não ter um sentimento correspondido. E eu sempre orava e pedia a Deus que se o Augusto não fosse alguém com quem eu poderia casar, que Ele tirasse de mim o sentimento tão profundo que eu tinha.
Foi em 2011, quando eu estava no terceiro ano do ensino médio, que as coisas começaram a mudar (e melhorar para mim). Lembro de um dia bem específico em que eu tinha prestado o vestibular da Universidade de Passo Fundo — final de novembro — Estávamos na casa de uma menina da igreja com alguns adolescentes e jovens e (pasmem!) o Augusto começou a conversar comigo. Isso foi incrível para mim, pois ele não costumava puxar assunto “do nada”.
Se conversávamos era na igreja, por algum assunto do momento, em algum ministério, mas nunca nada pessoal e cara a cara (porque eu bem que tentava puxar uns papos nos tempos do MSN, rs). E naquele dia ele me fez perguntas sobre onde eu ia estudar, se ia embora de Panambi, me perguntou meus planos para o futuro. Imaginem quão confusa fiquei! Confesso que na hora até pensei algo como: “Não se iluda, Maiara. São perguntas que qualquer pessoa faria, afinal você está se formando…”. Mais tarde descobri que ele estava começando a se interessar.
Outro dia importante do começo do nosso relacionamento foi a sexta-feira à noite do meu último Acamzeca, em janeiro de 2012. Um detalhe importante: no sábado estava marcada a mudança da nossa família para Carazinho-RS. Neste dia o Augusto me chamou, depois da programação, para conversar. E foi mágico, foi um momento que eu esperei por tanto tempo, e Deus nos abençoou. Entre muitas coisas que conversamos, o que guardei na memória foi que ele gostaria de “me conhecer melhor, pois me achava legal, inteligente e bonita.” Eu estava nas nuvens, rs!
Fui embora com minha família para Carazinho no dia seguinte, e nós dois conversávamos por e‑mail, MSN, mensagem de texto (tempos que não tinham inventado o whats ainda…). Começamos a ver quantas coisas tínhamos em comum, e a vontade de começar a namorar era maior a cada dia. Oramos muito. Falamos com nossos pais, pastores, amigos. Todos pareciam aprovar nosso namoro.
Então no dia 10 de março de 2012, depois de o Augusto ter pedido o aval para meus pais, começamos a namorar. Foi um tempo muito bom! De crescimento espiritual, de conhecimento mútuo, de erros cometidos e perdão concedido. De muito amor sendo construído tendo Deus como a base de tudo.
Em 2013 o Augusto foi para a Inglaterra participar do programa Ciências Sem Fronteiras, para ficar um ano lá. Foi um ano de muito aprendizado, onde temos certeza que se não fosse Deus nos sustentando, provavelmente mais brigas teriam acontecido e até um possível término, pois a distância complica muito todas as coisas! Fuso horário, viagens, rotinas muito diferentes. Graças a Deus conseguimos nos organizar, falávamos no Skype às vezes e o Whatsapp foi imprescindível, rs! Em 30 de janeiro de 2014 o Augusto retornou de viagem, e olhando para trás parece que o tempo que ele ficou longe passou voando.
Em 07 de fevereiro de 2015 nós noivamos e começamos a, efetivamente, planejar nosso casamento. Depois de orar e conversar muito, decidimos que iríamos morar em Panambi. A ideia inicial era: eu terminar o ano na faculdade de Carazinho e vir para Panambi em dezembro. Mas Deus tinha outros planos, e em agosto de 2015 eu e minha família voltamos a morar em Panambi (por circunstâncias que somente Ele poderia ter criado naquela época das nossas vidas). No fim foi muito melhor estar na mesma cidade onde se realizaria o casamento para poder planejar os detalhes finais da cerimônia, e assim eu entendo plenamente que Deus cuida de detalhes na nossa vida que muitas vezes nem percebemos que precisaríamos pensar!
Como eu disse em nossos votos, depois de inúmeras planilhas e o livro de Salmos tendo sido lido por inteiro (uma sugestão de uma irmã da igreja, quando faltava 150 dias), nosso dia finalmente chegou! Casamos em 30 de janeiro de 2016! Uma data tão esperada, um dia mágico e único em nossas vidas! Sentimos a presença de Deus em cada momento, e o que queremos para nossa história juntos é sempre buscar fazer a vontade Dele e glorificar o nome Dele.
Quando estava na adolescência, apaixonada, eu imaginava que o Augusto era perfeito. Mas com o tempo aprendi que ele não é, e eu também não sou, e ninguém é! E que não podemos, jamais, confiar a nossa felicidade e a nossa satisfação nas mãos de outra pessoa, pois iremos nos decepcionar. Mas devemos, sim, confiar estas coisas a Deus, pois Ele é perfeito. Apesar das diferenças e dificuldades, estar com o Augusto é algo maravilhoso e que me traz alegria todos os dias! Sei que passaremos por qualquer coisa juntos, se estivermos juntos com Deus.
PS: Amor, amo você, hoje e sempre! <3
História indicada por Bárbara Saur*
*Queridas FéMeninas, o testemunho acima é para edificar a sua vida mostrando a fidelidade de Deus, no entanto baseie sua fé na Palavra de Deus. Testemunhos são experiências particulares que não podem ser usados como padrão para ação de Deus na sua vida. Deus tem uma forma particular para agir na vida de cada pessoa do corpo de Cristo.”