Hoje a história de amor será contada de uma perspectiva diferente, é a história de amor do Caio e da Valeria contada pelo Caio.
Ele é americano, ela uruguaia. 💟
Dividimos em 4 partes a história e postaremos hoje, segunda, quarta e sexta da próxima semana. Acompanhe! Ah, dê um play abaixo e faça a leitura acompanhada de uma boa música. 🙂
Parte 1
Eu não queria ir ao acampamento de adolescentes, mas meu pai ia ser o pastor do acampamento e ia junto com a minha mãe, foi assim que eu tive que ir. Nesse tempo eu tinha 16 anos. O retiro anual de adolescentes batistas foi no Uruguai num balneário chamado “La Tuna” em janeiro de 1996. No primeiro dia, eu conheci muitas pessoas e uma menina que eu tinha conhecido me disse “Eu quero te apresentar para a minha melhor amiga.” Eu não tinha ideia de que eu estava a ponto de conhecer a minha futura esposa, Valeria. Lembro que o seu sorriso, o seu cabelo castanho e a pele foram o que chamou mais a minha atenção. Nesse dia na praia, foi que começou a nossa amizade. Porém, eu falava muito e ela era muito tímida e não falava quase nada.
Ambos morávamos em cidades diferentes, e nos próximos dois anos nos vimos poucas vezes, em encontros de igrejas, outros acampamentos cristãos e em concertos. Lembro que uma vez a Valeria e a sua amiga vieram perto de casa e nos encontramos num lago. Apesar da sua timidez que impedia que eu conhecesse mais ela, conseguimos começar uma linda amizade. No entanto, meu tempo no Uruguai estava acabando, pois eu já tinha feito os 18 anos e estava por ir aos Estados Unidos para estudar na universidade. Na minha última semana no Uruguai, me lembro que nos encontramos com a Valeria num ônibus. Ali foi quando passamos nossos endereços, eu dei para ela o dos Estados Unidos e ela o da sua casa em Montevidéu e mais adiante o endereço da sua tia na Inglaterra, pois ela ia viajar também para Londres a estudar inglês. Assim foi que começaram as cartas (essas escritas no papel como se fazia antes e que ainda temos guardadas). Graças a elas, a continuação da nossa nova amizade foi possível por mais dois anos apesar de morarmos tão longe um do outro.
Porém, eu comecei a namorar e quando eu contei para ela numa das cartas, ela parou de me escrever imediatamente. Depois de morar dez meses na Inglaterra, a Valeria voltou para o Uruguai em julho de 1999, e eu voltei também em dezembro desse ano. Em janeiro do ano 2000, a gente se reencontrou no mesmo acampamento de jovens onde tínhamos nos conhecido pela primeira vez. Eu fui como conselheiro e ela foi com uma amiga para passar o dia. Nesse dia, falamos como por uma hora numa mesa de piquenique. Foi um tempo muito legal, dois amigos poderem reencontrarem-se no mesmo lugar onde quatro anos atrás tinham se conhecido. Entretanto, como eu já mencionei, eu tinha uma namorada que também era amiga da Valeria. Nessa semana aconteceram uma série de eventos com ela e o resultado? Nós desistimos de continuar juntos.
Nas próximas semanas, a Valeria e eu nos encontramos várias vezes novamente. Um desses encontros foi num acampamento de adolescentes da sua igreja, a sua igreja tinha convidado aos adolescentes da minha, mas eu fui o único que foi. Num dia desse acampamento, a Valeria e eu saímos para na caminhar na praia, nessa caminhada falamos muito, eu nunca imaginaria que eu estava caminhando com a minha futura esposa. Durante esse tempo no acampamento foi que eu olhei para minha amiga pela primeira vez pensando que eu queria mais do que ser amigo dela.
Quando voltamos ao acampamento uma coisa curiosa aconteceu, alguém tinha roubado várias coisas das cabanas dos homens. Aí roubaram todo meu dinheiro. Eu tinha uma faca que eu não queria que roubassem, portanto, eu a dei a Valeria para ela cuidar para mim. Ao acabar o acampamento eu pedi, já no ônibus, a faca para a Valeria, mas ela tinha colocado na sua mala que estava embaixo do ônibus. Agora tínhamos a razão perfeita para nos vermos de novo, porque eu tinha que descer antes que ela. Então combinamos para nos vermos de novo para receber a minha faca de volta. Essa foi a nossa primeira saída juntos num shopping. Foi um tempo muito lindo no qual falamos bastante, pois terminei acompanhando ela até sua casa. Quando chegamos, ela me apresentou a sua mãe. Esse dia foi que notei que ela também estava interessada em mim. Aparentemente, eu percebi isto muito tempo depois, exatamente 4 anos, pois mais adiante soube que ela gostava de mim desde o momento em que nos conhecemos naquele acampamento de jovens quando tínhamos apenas 16 anos. No próximo mês saímos muitas vezes, ao parque, ao centro e à beira-mar. Até então os nossos encontros eram de amizade. A primeira vez que saímos formalmente foi na formatura de um amigo. Foi um evento formal e depois saímos a comer com os meus pais.
Segunda continua…
Indicação da História: Marta Hoffmann